Entre as dúvidas que mais recebo dos amigos compostadores, achei importante escrever sobre aquela que mais se destacou. Estou falando da dificuldade em dimensionar o tamanho do minhocário. E essa é uma dúvida que, mesmo quando não aparece, também está presente, fazendo do tamanho do minhocário um “vilão comum”.

Por que isso?

Porque um sistema bem dimensionado, que realmente dá conta do recado, evita metade dos seus problemas como excesso de humidade, morte de minhocas, mal cheiro e demora para o húmus ficar pronto.

Já quando erramos no dimensionamento, sofremos com esses e com outros problemas. E isso vale também para a compostagem sem minhocas, que terá um capítulo especial no manual de compostagem.

Qual a solução então? 

É preciso ter em mente que tudo começa na sua cozinha. Com exceção daqueles que têm um minhocário para produzir minhocas, ou que querem produzir em escala para venda, a geração de resíduos da cozinha deve servir como referência na hora de dimensionar o seu sistema.

Não importa se você usa caixas, baldes ou outros recipientes. Você deve ter em mente o volume dos resíduos que gera antes de investir nos recipientes.

Como fazer esse dimensionamento?

Minha sugestão é que adote um lixo de pia com uma tampa que vede bem, com 1 a 3 litros de volume. Adote o menor se onde você mora fizer muito calor, para não sofrer com aquelas mosquinhas da banana. Então observe quanto tempo leva para encher o recipiente.

É claro que isso é uma média. Você pode ter um mês que gere mais, e outro que gere menos. Mas o importante é ter uma ideia de quantos litros de resíduo você gera em 45 dias. Esse volume é o tamanho que cada caixa, balde ou recipiente precisa ter para aguentar uma média de 30 a 45 dias de compostagem em sistemas com três recipientes (dois para os resíduos e um para o chorume).

Ou seja, se você como eu gera cerca de 2 litros de resíduos por semana, vai precisar de duas caixas de 13 litros. Ou seja: 2 / 7 * 45 (dois dividido por sete e multiplicado por quarenta e cinco). Isso vale inclusive para sistemas sem minhocas.

Imagem: daqui


Elaine Maria Costa
Elaine Maria Costa

Elaine Maria Costa é administradora, coach e permacultora, faz compostagem doméstica desde 2009. Em 2013 mudou-se de uma área urbana para morar numa chácara em Embu das Artes – SP com o objetivo de ter maior qualidade de vida, contato com a natureza e sustentabilidade pessoal.