No dia 01 de maio tive minha experiência com rapel, lá em Paranapiacaba. Fomos em nove pessoas, mais os dois guias da Ciclotur (ótimo profissionais, por sinal). Nosso “paredão” era, teoricamente, para iniciantes. Mas a primeira impressão que essa pessoa cheia de coragem aqui teve foi: “vou descer daí, nada!!!”.
Um pouco da história de Paranapiacaba
Paranapiacaba significa, em tupi-guarani, “lugar de onde se vê o mar”. Com o dia claro, essa era a visão que os povos indígenas tinham ao passar por ali, após subir a Serra do Mar. No início do século XIX, em razão da expansão do café, foi necessária a construção de ferrovias para escoar a produção rumo ao Porto de Santos. Os primeiros estudos começaram em 1835, mas a idéia só começou a sair do papel após 1850, graças ao espírito empreendedor do Barão de Mauá. Com o apoio de parceiros ingleses, detentores de larga experiência na construção de ferrovias, a empresa inglesa São Paulo Railway Co. recebia, por um decreto imperial, a concessão para a construção e exploração da ferrovia por 90 anos.
As obras tiveram início em 1860 e a ferrovia foi inaugurada em 1867. Inicialmente, a Vila de Parapiacaba era um acampamento de operários. Mas, em função de ser o último ponto de parada antes da descida da serra, a vila começou a ganhar importância. Até meados da década de 40, a vila era bem cuidada, com ruas arborizadas e casas pintadas. Mas, com o término do período de concessão da São Paulo Railway Co. em 1946, as ferrovias são incorporadas ao patrimônio da União, o que provocou a decadência da cidade. Na década de 80, motivado por várias denúncias da mídia sobre a deteriorização da vila, é criado o Movimento Pró-Paranapiacaba (fonte: daqui).
Atualmente, a cidade atual com Turismo Histórico e Cultural e com Ecoturismo, com diversas opções de trilhas, cachoeiras, mirantes e outros, sendo ponto de encontro de jipeiros, ciclistas e outros amantes de esportes radicais e da natureza.