Nesse mundo tão conectado, apenas um vulcãozinho mal humorado faz um estrago. Basta ver as repercussões diversas que a paralização dos aeroportos na Europa causaram. De fazer a primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, precisar viajar de carro para voltar para casa, até o desperdício de legumes, flores e verduras que, sem conseguir chegar à Europa, foram para o lixo no Quênia. Eventos aparentemente isolados, mas inevitavelmente conectados pelo mundo moderno. Nesse contexto, J.R. Guzzo escreveu na revista Exame de 05/05/10:

“Basta acontecer alguma perturbação grave em outro pedaço do globo para se abrir a possibilidade de um tumulto de proporções planetárias. Ouvimos dizer, quase todo dia, que os países e as pessoas tornaram-se interdependentes. Eis aí uma bela demonstração disso.”

Se um vulcão causou tanto transtorno, imagine o que outros eventos podem fazer. Eventos como a Amazônia se tornando savana, a desertificação do Sudeste Brasileiro, ou ainda o aumento do nível dos mares. Todos naturais, todos inevitáveis. Esse é o lado ruim da globalização.

Eventos como a erupção do Eyjafjallajökull mostram claramente que, num mundo interconectado, todos somos afetados por tudo o que acontece, sem exceção. Assim, ninguém tem condições de afirmar “isso não é problema meu”. Afinal, tudo o que está aí faz parte da nossa vida.

Felizmente, até uma erupção vulcânica tem seu lado bom. Mesmo que seja para nos fazer refletir sobre o tipo de sociedade em que vivemos. Perceber a interconexão existente hoje deixa clara a importância da ação individual. Cada pessoa importa, cada atitude ajuda a fazer a diferença. Cada escolha diária, cada mudança pessoal, tudo faz do mundo um lugar melhor. E essa é a beleza de viver num Mundo Global.

Afinal de contas, você pode mudar o mundo!

Créditos pela foto: Vulcano by Martin Barland (cc by)


Elaine Maria Costa
Elaine Maria Costa

Elaine Maria Costa é administradora, coach e permacultora, faz compostagem doméstica desde 2009. Em 2013 mudou-se de uma área urbana para morar numa chácara em Embu das Artes – SP com o objetivo de ter maior qualidade de vida, contato com a natureza e sustentabilidade pessoal.