A melhor forma de conter o avanço do lucro como único ideal é uma democracia forte, capaz de regular o apetite voraz de empresas frente outras necessidades. Mas, se a democracia enfraquece, o crescimento da desiqualdade social é inevitável.
O capitalismo se fortalece enquanto a democracia vai enfraquecendo. Empresas se tornam mais competitivas e ainda mais sedentas por lucros, deixando de lado as responsabilidades sociais ou usando-as apenas como uma estratégia de marketing. Consumidores e investidores não abrem mão de suas barganhas e retornos lucrativos e assim prestam um desserviço ao bem comum. É a era do supercapitalismo, fenômeno que Robert Reich descreve em seu livro, explicando como o agravamento das desigualdades de renda e de riqueza, a exacerbação da insegurança no trabalho e a difusão dos efeitos do aquecimento global são os desfechos lógicos desse fenômeno.
