NatalAo fazer as compras no mercado já é possível observar aqueles produtos sazonais que tanto encantam paladares e olhares atentos. São os panetones, frutas secas, produtos temáticos, árvores, bolinhas, pisca-piscas, entre outros. Como quem não quer nada, invadem nossos sentidos avisando que o Natal está chegando e que é hora de… COMPRAR!!! Ops! Quero dizer: confraternizar…

Uma das épocas mais aguardadas no ano está batendo à porta: o pagamento da primeira parcela do 13º. Para aqueles que o tem, é o momento de comprar presentes para todos, planejar a melhor ceia possível, talvez fazer uma viagem, etc. Certo?

Ano passado falei sobre esse assunto e vou repetir dada sua grande importância. Os presentes, que tanto aquecem o comércio e são a alegria dos varejistas, nem sempre são alegria para quem os compra. Gastar o que não se tem (ou o que poderia ser um alívio para as despesas de Ano Novo) pode se transformar em decepção no ano que vai nascer. Por isso, a fórmula mágica é usar de parcimônia e planejar o uso das receitas extras. Assim, seguem algumas dicas para ajudar na tarefa:

  • Seja conservador ao decidir quem e como presentear. A troca de bens de consumo não é tão importante quanto dizem. O que as pessoas querem (e precisam) receber não pode ser representada por qualquer bem que se possa comprar. Mais importante do que ganhar alguma coisa (que nem sabemos se vamos usar) é saber que a outra pessoa pensou em nós. Por isso, dar presentes de forma mecânica nem sempre é uma boa estratégia. Assim, sugiro avaliar algums presentes do tipo “faça-você-mesmo”, cestas de Natal, produtos regionais e artesanais. Além de serem únicos, possuem um custo acessível e passam bem a mensagem.
  • Não é o tamanho da ceia, são os valores que ali estão. Se a Ceia de Natal passou a ser uma oportunidade (e desculpa) para comer, alguma coisa está errada. Nesses tempos malucos em que as famílias mal compartilham as refeições, a Ceia de Natal precisa ser diferente. Nada de televisão com aqueles programinhas de Natal (eca!). Use esse precioso tempo para conviver, ouvir e ser ouvido. Com um ambiente assim, a ceia será a coisa menos importante.
  • As viagens de final de ano também precisam de reflexão. Qual o motivo que nos leva a ficar horas e horas em aeroportos, rodoviárias e estradas nessa época? O que nos falta em casa e que estamos procurando lá fora?

É isso. Três dicas simples, mas que exigem reflexão. Aproveite o tempo que antecede o Natal e planeje seu final de ano. Não há nada errado em usar o 13º para os preparativos de final de ano, desde que o faça de forma consciente e calculada. 

Créditos pela foto: Eduardo Quagliato (by cc)


Elaine Maria Costa
Elaine Maria Costa

Elaine Maria Costa é administradora, coach e permacultora, faz compostagem doméstica desde 2009. Em 2013 mudou-se de uma área urbana para morar numa chácara em Embu das Artes – SP com o objetivo de ter maior qualidade de vida, contato com a natureza e sustentabilidade pessoal.