Continuando com os artigos sobre a primavera, esta é a estação na qual as plantas despertam de seu sono de inverno e precisam de alguns cuidados para que possam se desenvolver adequadamente.

Trocando os vasos

Para quem tem seu jardim ou horta em vasos, esse é o momento para revitalizar a plantação. Observe as plantas e veja o quanto elas se desenvolveram. Certamente algumas já tomaram todo o espaço do vaso ou estão com folhas amareladas. Para essas, o ideal é fazer o replantio em um recipiente maior. Em outros casos, só a remoção da planta, higienização do vaso e replantio são suficientes.

  1. Segure a planta com firmeza, colocando os galhos entre os dedos. Com um lápis, ou outro instrumento fino, empurre a planta pelo orifício de drenagem.
  2. O novo vaso deve ser forrado com pedras e, acima delas, um pedaço de manta de drenagem, que evitará que a terra passe pelos orifícios de drenagem. Preencha o vaso com terra vegetal até cerca de 3 cm da boca do vaso e coloque o adubo orgânico (ou o húmus de minhoca).
  3. Antes de fixar a planta, aproveite para retirar as raízes apodrecidas e fazer uma poda leve nas demais (só o suficiente para deixá-las por igual no vaso). Fixe a planta no vaso, nivele a terra e umedeça bem.

Atenção: você pode reutilizar os mesmos vasos, desde que faça um boa higienização dos mesmos por dentro e por fora. Essa limpeza é muito importante para renovar o ambiente das plantas.

Fazendo a poda

Na última metade da primavera (depois do dia cinco de novembro), é o momento de fazer a poda das plantas. Observe os brotos que surgiram nas plantas durante a primeira metade da primavera. Os brotos mais fracos precisam ser removidos para garantir o bom desenvolvimento das plantas. Faça o corte na base, ou na junção com outro ramo mais velho. As plantas que produzem flores todos os anos podem ser completamente podadas na primavera. Já as que produzem botões só depois de estarem desenvolvimentos precisam da poda de alguns poucos brotos.

Tipo de vasos

Vasos – de barro, louça, cerâmica ou plástico, podem assumir os mais diferentes formatos e tamanhos. Neles podemos plantar desde mas mais simples violetas até árvores frutíferas. No caso dos vasos de barro é preciso observar que esse material absorve cerca de 40% da água da rega, precisando ser impermeabilizado.

vaso1
Arranjo para vasos – MCM
vaso3
Vaso com suculentas – MCM

Jardineiras – excelentes para reunir várias plantes em um único vaso. São preparadas da mesma forma que um vaso convencional, sendo importante observar alguma distância entre as plantas. Encontramos disponíveis em vários tamanhos, desde aquelas ideais para temperos até algumas nas quais plantamos arbustos para servir de divisórias entre ambientes.

Daquella manera
Las plantas – Jardineira tradicional.
Mauricio Victor de Uzeda
IMAG0149 – Ótima idéia para jardineira.

Fibra de coco – vasos feitos com fibra de coco são substitutos excelentes para o xaxim, uma planta em extinção. Neles, de forma muito fácil, é possível plantas ervas aromáticas, temperos e flores. Tem um excelente retenção de umidade e é 100% natural. A fibra de coco também é muito usada como base para arranjos verticais, nos quais é fixado em painéis.

Outros tipos de vasos – é possível fazer alguns vasos bem interessantes a partir de embalagens que não servem mais, como caixas de plástico, garrafas PET, latas de leite e outros.

horta em caixa de plástico
Horta em caixa de plástico – MCM
Vaso em garrafa PET
Vaso em garrafa PET
haemengine
Bottled Plants – Vasos em garrafa PET.

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No próximo artigo falaremos sobre cuidados básicos, que inclui rega, adubação e controle de pragas. Até lá!

Referências

Jornal de Plantas e Flores – n. 44 de 17/09/78

Créditos pelas fotos

Bottled Plants by haemengine

Las plantas by Daquella manera

IMAG0149 by Mauricio Victor de Uzeda

As demais fotos são do MCM

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Elaine Maria Costa
Elaine Maria Costa

Elaine Maria Costa é administradora, coach e permacultora, faz compostagem doméstica desde 2009. Em 2013 mudou-se de uma área urbana para morar numa chácara em Embu das Artes – SP com o objetivo de ter maior qualidade de vida, contato com a natureza e sustentabilidade pessoal.