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Alguns de vocês já viram o vídeo no You Tube do comediante George Carlin ironizando a preocupação com o Planeta? Se não viram, vale a pena ver de forma crítica. Algumas coisas que ele diz até fazem sentido, como a questão da extinção das espécies ser um processo natural, sem interferência humana. Mas, a mensagem que fica é que: não precisamos nos preocupar porque “that´s the way it is”. Afinal, a extinção da humanidade é uma questão de tempo e só nos resta aceitar o fato. Você concorda?

Sabemos que o homem realmente interferiu na natureza com seu estilo de vida predatório, e não adianta fazer piadas sobre isso. Não é mais uma questão de escolher agir ou não. O tempo de escolher já passou. Agora, só podemos tomar as ações necessárias para minimizar os efeitos das mudanças sobre a vida, o que é fato.

Infelizmente, os líderes mundiais ainda estão fortemente ligados ao modelo ultrapassado baseado em comércio e consumo, o que pode dificultar seu posicionamento mesmo numa conferência cujo objetivo é tratar sobre mudanças climáticas. Nesse caso, COP15 – Conferência do Clima a ser realizada em dezembro/09 em Copenhague.

A Campanha Global de Ações pelo Clima-Brasil reivindica um posicionamento firme e ousado do governo brasileiro assumindo compromissos concretos para o combate às mudanças climáticas. A campanha propõem que o governo comprometa-se a atuar na COP15 visando:

  • Criar um novo marco internacional, garantindo que o aquecimento global ficará bem abaixo dos 2º C em relação à média da era pré-industrial;
  • Estabelecer metas e mecanismos para que, antes de 2020, se inicie a trajetória descendente das emissões globais de gases do efeito-estufa;
  • Estabelecer metas ambiciosas e rígidas de redução de emissões de gases do efeito-estufa pelos países desenvolvidos, garantindo, no máximo até 2020 a redução de pelo menos 40% das suas emissões, em relação aos níveis de 1990;
  • Fomentar uma redução substancial na curva de crescimento de emissões dos países em desenvolvimento, inclusive com o estabelecimento de objetivos mensuráveis e medidas nacionais apropriadas para os mesmos;
  • Estabelecer legalmente mecanismos financeiros para viabilizar a redução de emissões e programas da adaptação nos países em desenvolvimento, para atender as áreas e comunidades mais vulneráveis às mudanças climáticas;
  • Aprovar a criação de soluções e mecanismos de REDD (Redução das Emissões do Desmatamento e Degradação Florestal) capazes de estimular e recompensar os países tropicais pela redução do desmatamento e das emissões a ele associadas, e pela conservação florestal em seus territórios, de forma justa e que assegurem direitos de populações indígenas e tradicionais e que sejam consistentes com a sustentabilidade do desenvolvimento humano;
  • Adotar medidas e políticas, em diversas escalas, que promovam a sustentabilidade e dignidade do desenvolvimento humano e a integridade dos processos ecológicos essenciais, mediante a transformação da economia e o fortalecimento da democracia.

Se você concorda com essa proposta, participe do abaixo-assinado da campanha e convide mais pessoas para participar. Não espere que os governos, empresas, ONGs e afins resolvam o problema: faça você a sua parte. Se ainda não o convenci que tomar as rédeas de nossa vida é problema nosso, segue abaixo uma reflexão:

“Nunca duvide da capacidade de um pequeno grupo de dedicados cidadãos para mudar os rumos do planeta. Na verdade, eles são a única esperança de que isso possa ocorrer”

Margareth Mead

Créditos pela foto: woodleywonderworks (cc by)



Elaine Maria Costa
Elaine Maria Costa

Elaine Maria Costa é administradora, coach e permacultora, faz compostagem doméstica desde 2009. Em 2013 mudou-se de uma área urbana para morar numa chácara em Embu das Artes – SP com o objetivo de ter maior qualidade de vida, contato com a natureza e sustentabilidade pessoal.