Ontem tive a oportunidade de participar de uma vivência relacionada ao Sagrado Feminino nas etapas da gestação e nascimento. Nessa vivência verifiquei que estamos com uma percepção muito distorcida dessas etapas, originada pela valorização excessiva das descobertas científicas. Falarei sobre o assunto posteriormente mas, para resumir, hoje um nascimento é só mais um entre tantos outros, tornando a chegada à vida simples e banal.
Mas ela não é simples, tampouco banal. É um momento especial para toda a sociedade. Um momento que traz esperança e fé de que o futuro pode ser diferente. E, para aquela mulher, que agora é mãe, significa a manifestação de seu poder interior, o Sagrado Feminino, nesse mundo.
Ainda hoje, a mulher é pouco compreendida. Ela é um universo de vida interior pronto para se manifestar com dificuldades para encontrar um espaço para tal.
E, apesar de todas as mudanças sociais, a mulher ainda encontra muitos entraves. Seja pelo preconceito ou pela educação, ainda existe um ideal feminino falso no inconsciente coletivo da humanidade. A alguns anos atrás, quem podia imaginar a mulher usando calças ao invés de saias? Mas, quem disse que mulher tem que usar saia? Ou gostar da cor rosa? Ou falar baixo e comer em pequenas porções? Assim, ainda não sabemos o que é ser mulher, como também não sabemos o que é ser homem.
Felizmente, hoje temos a oportunidade de mudar a história. E, para isso, precisamos conhecer nossa história pessoal.
Assim, você conhece a história das mulheres da sua família (natural ou espiritual)? Sabe como vivia a sua mãe antes de você estrear nesse mundo? Como eram seus sentimentos e suas necessidades quando jovem e se esses anseios foram realizados? Você realmente conhece esse ser humano?
Nesse dia proponho o seguinte: valorizemos nossa ancestralidade. Reconheçamos em nós as figuras de mãe-pai, avó-avô, bisavó-bisavô. Amemos incondicionalmente toda essa ancestralidade, aceitando e perdoando os erros cometidos. Libertemo-nos de mágoas e ressentimentos. Somente assim será possível superarmos os fatos negativos e criarmos uma nova história.
E lembre-se: somos humanos; não máquinas. Fluímos com a vida; não com o relógio.
Feliz Dia das Mães!
Créditos pela foto: kevindooley