Excelente dica do Ricardo Jordão do BIZREVOLUTION, abaixo encontram-se os vídeos que formam o documentário “Criança: a alma do negócio“, da produtora Maria Farinha Produções, com direção de Estela Renner e produção executiva de Marcos Nisti. Em seguida, ressalto os pontos que considerei mais relevantes (e revoltantes).

No documentário fica clara a péssima contribuição das propagandas, direcionadas às crianças, na formação do adulto de amanhã. Bastam 30 segundos de exposição para que a criança seja influenciada por uma marca, o que cria um desejo de consumo. E por que existe a preocupação em se falar com a criança? Porque ela é responsável por 80% da influência nas compras da família.

Nesse mundo maluco em que vivemos, com pouco ou quase nenhum tempo para conversar com nossos filhos, acabamos encarregando a televisão dessa função. E ela fala, quase que constantemente, criando desejos de consumo que tornam crianças e adultos cada vez mais iguais, sem identidade própria, com uma necessidade incontrolável de ser aceito em grupos sociais classificados por sua capacidade de compra.

Hoje, as crianças são postas contras os pais. Estes figuram como os vilões dos desenhos massificados quando negam realizar os desejos dos filhos. Por isso, fazem sempre o possível para atender aos pedidos da prole, sem considerar que protegê-las da frustração da palavra NÃO é o mesmo que criá-las para viver fora da realidade.

Outra questão preocupante do consumismo infaltil é a marginalização dos cuidados com o meio ambiente, já que não se pode falar de atitude consciente sem um consumo equilibrado.

Diferentemente de outros países, o Brasil ainda não possui uma política séria de restrição das propagantas direcionadas para crianças. Mesmo assim, é considerada falta de ética se valer da inocência das crianças para torná-las promotoras de uma marca.

O que podemos fazer

Como consumidores, podemos fazer nossa parte negando recursos (dinheiro) a empresas eticamente incorretas, que fazem propagandas apelativas buscando influenciar as crianças.

Também acredito na solução proposta pelo Ricardo Jordão de ensinar as crianças a terem auto-estima, de forma que a necessidade de consumo não substitua diálogo e afeto. Só assim teremos adultos independentes, capazes de escolher o que realmente desejam e de criar seu próprio futuro.

Assista e divulgue.


Elaine Maria Costa
Elaine Maria Costa

Elaine Maria Costa é administradora, coach e permacultora, faz compostagem doméstica desde 2009. Em 2013 mudou-se de uma área urbana para morar numa chácara em Embu das Artes – SP com o objetivo de ter maior qualidade de vida, contato com a natureza e sustentabilidade pessoal.