“O ano de 2008 não foi difícil, foi revelador!” afirma Miguel Fontes no artigo A importância do investimento sustentável. Enquanto a economia seguia em plena saúde, era cômodo manter as coisas como estavam: pouco ou nenhum investimento em infra-estrutura, educação, saúde, entre outros. Agora, com a crise econômica mundial, o assunto não pode mais ser evitado.
“Tempos ruins, na verdade, foram aqueles nos quais tudo parecia bem. Porém, logo se revelou a sujeira que estava sendo arrastado para baixo do tapete, como a sangrenta Guerra do Iraque, o descontrole do crédito mundial para financiar o setor imobiliário norte-americano, a devastação incontrolada do meio-ambiente para gerar matéria-prima na produção de mercadorias chinesas, e a falta de investimentos na área de saúde e educação em diversos países.” (Miguel Fontes)
Como venho comentando em artigos anteriores, o incentivo ao consumo ainda é tido como mais importante do que prover melhores condições de vida para as populações de risco. Apesar da tal estabilização econômica ter aumentado o crédito e, consequentemente, o acesso a bens de consumo, faltaram investimentos nas áreas que geram um impacto verdadeiramente positivo na vida das pessoas. Assim, fica clara a falta de relação entre consumo e benefício social.
Agora é necessário tratar o assunto de frente, superando conflitos de interesse e tomando ações que beneficiem a todos, principalmente ao meio-ambiente.
“A cadeia sócio-ambiental se enriquecerá somente se os investimentos sociais atingirem patamares bem elevados. Espero que essa lição faça parte do processo decisório das empresas e dos governos. Além disso, torço para que a dinâmica produção-crédito-consumo seja substituída por uma nova dinâmica de produtividade sócio-ambiental – crédito responsável – consumo consciente.” (Miguel Fontes)
Estamos todos no mesmo barco. Como cidadãos do mundo, precisamos assumir nossa responsabilidade no cenário atual. Seja qual for a escolha, ela terá um preço.
Já diz a música “Desabafo” d2 Marcelo D2:
“O cidadão por outro lado se diz, impotente, mas
A impotência não é uma escolha também
De assumir a própria responsabilidade
Hein?”
Fonte: www.hsm.com.br
Créditos pela foto: BdR76
