Na sociedade atual estamos acostumados a medir as coisas pela capacidade que possuem de satisfazer nossos anseios. Quando passam a não cumprir seu objetivo, são dispensáveis. Isso acontece com roupas, calçados, televisões, computadores, carros e até pessoas.

Limpar os armários e destinar tudo o que não se usa é mais cômodo do que de reciclar. Tudo o que é novo nos enche de alegria e propósito, enquanto o que já conhecemos não cria ou não se alinha às nossas novas expectativas. Somo bombardeados diariamente com propagandas que nos dizem: você está errado. Roupas, calçados, bolsas, celulares, computadores, entre outros, ficam “obsoletos” na velocidade que os meios de comunicação mudam nossa percepção. Produtos perfeitamente bons são substituídos por novos para alimentar a máquina do consumismo desenfreado. E nessa máquina, somos apenas as engrenagens.

É o que nos ensina o vídeo “A história das coisas”. Com uma abordagem objetiva, ele mostra como o atual sistema econômico teve origem e como podemos agir para mudá-lo. Em seguida, assista ao vídeo.

Quando estamos endividados significa que captamos recursos externos para satisfazer necessidades imediatas. Quando aprendemos mais sobre finanças, as compras passam a ser questionadas. Conforme comentário que fiz no artigo O que significa o primeiro milhão? E a educação financeira? do Dinheirama.com, “a educação financeira faz as pessoas perceberem que a falta de controle nada tem a ver com sua condição externa, mas que está relacionada às suas expectativas. Gastar menos do que ganhamos e adotar um padrão de vida mais simples pode estar aquém da auto-imagem que ela espera ter de si mesma. Por isso, compreender as motivações e fazer acordos internos é fundamental para aceitar uma condição diferente do que se deseja.”

Refletir sobre as decisões de compra e buscar entender as reais motivações é fundamental para iniciar o processo de mudança. Sem isso, todo o tempo usado para o planejamento financeiro será em vão.


Elaine Maria Costa
Elaine Maria Costa

Elaine Maria Costa é administradora, coach e permacultora, faz compostagem doméstica desde 2009. Em 2013 mudou-se de uma área urbana para morar numa chácara em Embu das Artes – SP com o objetivo de ter maior qualidade de vida, contato com a natureza e sustentabilidade pessoal.